A iniciativa do Sesc de promover essa série de leituras dramatizadas em homenagem a Sergio Porto foi baseada em textos de historiadores, como Claudia Mesquita e Nathaniel Braia, e dos jornalistas Duda Porto de Souza e Alvaro Costa e Silva. Esses textos foram extraídos do livro “Sérgio Porto & Stanislaw Traço e Letra”, organizado pela designer Ilana Braia.
O livro sobre a vida de Sérgio Porto, considerado um dos maiores intérpretes da alma carioca, foi selecionado em um edital da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro de 2021. Stanislaw Ponte Preta, como também é conhecido, completaria 100 anos de idade em 11 de janeiro deste ano.
A série de leituras dramatizadas contemplará trechos de crônicas dos livros “Tia Zulmira e Eu”, “Primo Altamirando e Elas”, “Garoto Linha Dura” e os “Febeapás – Festival de Besteiras que assola o país”. Sergio Porto foi um renomado cronista, escritor, jornalista, compositor e teatrólogo, que revolucionou a linguagem jornalística com seu estilo humorístico e irreverente.
A proposta do evento é apresentar um pouco da obra de Sergio Porto para as novas gerações. As leituras dramatizadas foram idealizadas por Ilana Braia e Mônica Behague, com a realização da Le Toon Studio. A direção do espetáculo fica por conta de Claudio Mendes, que também atuará ao lado de Hugo Germano, Marianna Mac Niven e do músico-ator e diretor musical Ronaldo Mota. Após as apresentações, os atores terão um momento de conversa com o público.
As leituras dramatizadas terão início no dia 1º de setembro, às 15h, no teatro do Sesc Niterói. Em seguida, serão realizadas em outras unidades do Sesc, como Quitandinha, Barra Mansa, Nova Iguaçu, Tijuca, Duque de Caxias, Três Rios e Madureira.
Sergio Porto foi um dos mais importantes cronistas brasileiros, sendo reconhecido por seu humor e irreverência. Ele ficou conhecido pelo “Febeapá – Festival de Besteiras que assola o país”, criado em 1966, que retratava com ironia os acontecimentos políticos da época. Além do humor, suas crônicas destacavam a experiência urbana do Rio de Janeiro, expressando os aspectos da vida carioca e capturando a essência dos cariocas.
Seus personagens fictícios, como Tia Zulmira, primo Altamirando e Rosamundo, são representações ricas do modo de vida popular. Em sua memória, um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário “O Pasquim”, em 1969.
A série de leituras dramatizadas realizada pelo Sesc é uma oportunidade de resgatar a obra de Sergio Porto e apresentá-la para as novas gerações, relembrando o legado desse importante cronista brasileiro.
