São Paulo registra crescimento de 10% no número de doadores de órgãos em 2021.

O estado de São Paulo registrou um aumento de mais de 10% no número de doadores de órgãos em 2023, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde. Entre janeiro e agosto deste ano, foram contabilizados 696 doadores, enquanto no mesmo período do ano passado o total ficou em 631.

Esse crescimento é atribuído pelo governo às campanhas de estímulo à doação e aos casos de grande repercussão na mídia. Na semana de 20 a 26 de agosto, por exemplo, houve um aumento de 86% no número de doadores em relação ao mesmo período de 2022, passando de 15 para 28 este ano.

Um caso que chamou bastante atenção foi o transplante de coração realizado no apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão. Ele recebeu um novo coração no último domingo, dia 27, sendo que o doador foi Fábio Cordeiro da Silva, que faleceu no dia anterior vítima de um acidente vascular cerebral.

Além do aumento no número de doadores, também houve um aumento de 10,5% nos procedimentos de transplante realizados. Foram efetuados 5.077 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas no estado de São Paulo neste ano, em comparação aos 4.592 procedimentos realizados em 2022.

No entanto, apesar desses avanços, ainda há desafios relacionados à doação de órgãos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, as recusas de autorização por parte das famílias para a doação caíram de 41% para 38,6% no último ano. É fundamental que as pessoas expressem o desejo de serem doadoras para seus familiares, e que os parentes compreendam a importância desse gesto solidário.

A doação de órgãos pode ser realizada tanto em vida quanto após o falecimento. No caso dos doadores falecidos, a autorização para a doação deve ser dada por familiares com até o segundo grau de parentesco. Já a doação entre vivos só é permitida se não houver problemas de saúde para a pessoa que está doando.

A gestão do cadastro dos potenciais receptores de órgãos é feita pelo Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, que realiza a distribuição de acordo com critérios estabelecidos por lei. A igualdade do grupo sanguíneo ABO, o tempo de inscrição do receptor, as relações antropométricas entre doador e receptor e a gravidade da situação são alguns dos critérios considerados na distribuição dos órgãos.

É importante ressaltar que cada estado possui sua própria lista de espera, e nenhum paciente pode estar inscrito em listas de estados diferentes. É fundamental que haja transparência e equidade nesse processo, garantindo que as doações sejam realizadas de maneira ética e justa.

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