Investimentos trazem mais trens para o Sudeste e Nordeste, otimizando transporte ferroviário em projetos pioneiros.

As regiões Sudeste e Nordeste do país são as que possuem a maioria dos sistemas de trens urbanos, de acordo com dados da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos). Essas regiões concentram 62,3% da malha metroferroviária do país e abrigam a maioria dos projetos de expansão em andamento.

A região Sudeste, com 41,8% da população do país, possui 7 dos 13 projetos em andamento, totalizando 704,3 quilômetros de trilhos. Já o Nordeste, com 31,1% da população, abriga os outros 6 projetos em andamento, somando 341,1 quilômetros de trilhos. Enquanto isso, a região Norte não possui nenhum sistema de trens urbanos e as regiões Centro-Oeste e Sul só possuem sistemas no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, respectivamente.

De acordo com um anuário publicado pela ANPTrilhos, o acesso aos sistemas de trens urbanos é limitado em termos de quilômetros de trilhos e localização. Os sistemas estão concentrados principalmente em capitais, com exceção da Baixada Santista. Além disso, as redes existentes são insuficientes para atender a demanda de deslocamentos da população.

Apesar disso, o total de passageiros transportados nos sistemas de trens urbanos no ano passado apresentou um crescimento em relação a 2021, quando a pandemia reduziu a circulação de pessoas. Foram transportados 2,3 bilhões de passageiros em 2022, uma alta de 28%. No entanto, esse número ainda está muito abaixo dos 3,3 bilhões de 2019, período pré-pandemia.

Em relação às obras futuras, a ANPTrilhos lista 13 projetos em seu anuário, que devem adicionar mais 91 quilômetros de trilhos e 77 estações aos sistemas de trens urbanos do país. Em São Paulo, por exemplo, serão realizadas melhorias e expansões em várias linhas do metrô e da CPTM, além da construção do aeromóvel do aeroporto de Guarulhos e a ampliação do VLT da Baixada Santista.

Ao longo dos últimos anos, o país adicionou 156 quilômetros de linhas de trens e metrô, porém, ainda é insuficiente para atender a demanda. Portanto, é necessário investir em projetos de expansão e melhorias nos sistemas de trens urbanos para garantir um transporte eficiente e acessível para a população.

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