As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas. De acordo com o porta-voz de Gerenciamento de Emergências de Johanesburgo, Robert Mulaudzi, o fogo teve início por volta da 1h30 no horário local. Ele ressaltou que o número de vítimas fatais provavelmente aumentará, uma vez que sete das vítimas eram crianças, sendo que a mais nova tinha apenas 1 ano de idade. Os feridos estão recebendo tratamento em diferentes centros de saúde da região.
O prédio, localizado na esquina das ruas Albert e Delvers, era um “alojamento informal” onde pessoas sem moradia fixa haviam se instalado. Esses edifícios abandonados são comuns na região e muitas vezes são ocupados por indivíduos que necessitam urgentemente de um lugar para viver. As autoridades municipais os consideram “edifícios sequestrados”.
A operação de resgate tem sido complicada devido ao grande desconhecimento sobre o número exato de pessoas que estavam dentro do prédio. Mulaudzi explicou que muitos moradores informais estavam presentes em todos os andares e aqueles que tentaram escapar acabaram ficando presos devido à estrutura entre os pisos. Infelizmente, as chances de encontrar sobreviventes são muito baixas, conforme destacou o porta-voz.
Testemunhas afirmaram que o prédio abrigava cerca de 200 pessoas e era densamente habitado. Segundo Fahmida Miller, correspondente da Al Jazeera em Johanesburgo, não havia regulamentações ou medidas de segurança adequadas no local. Também foi apontado que o edifício deveria ter sido fechado pelas autoridades responsáveis.
Após horas de combate ao fogo, as chamas foram praticamente extintas, mas ainda era possível ver fumaça saindo do prédio. Relatos indicam a presença de lençóis rasgados e pendurados nas janelas, porém não está claro se as pessoas os utilizaram na tentativa de escapar das chamas.
O incêndio em Johanesburgo chocou não apenas a população local, mas também autoridades e equipes de resgate. A dimensão da tragédia e o número de mortes são considerados sem precedentes nos últimos anos. As investigações estão em andamento para determinar as causas do incêndio, e mais informações devem ser divulgadas em breve.
*Com informações da Reuters e da RTP.