O objetivo do Memorial é contar a história da estudante mineira Isabel Cristina Mrad Campos, que foi assassinada aos 20 anos de idade e se tornou a nova beata brasileira no ano de 2022. O local também abrigará uma capela dedicada à mártir, que será inaugurada no dia 1º de setembro, data de sua morte, e passará a ser celebrada pelos católicos como o dia da memória da jovem.
Diferentemente do procedimento comum para a beatificação na Igreja Católica, Isabel se tornou beata mesmo sem a comprovação de um milagre. No Memorial, estão reunidos cerca de cem itens, incluindo documentos, brinquedos, roupas, acessórios e cadernos que pertenceram à beata. Além disso, há uma galeria com retratos de pessoas envolvidas na causa da beatificação e uma sala dedicada ao dia em que ela foi proclamada beata, com fotos, vídeos e documentos.
Um dos destaques do Memorial são os painéis com recortes de jornais e revistas, que traçam uma linha do tempo desde o assassinato de Isabel até as primeiras iniciativas para sua beatificação. Marcio Cleber da Silva Costa, jornalista e curador do espaço, ressalta que desde então, várias homenagens foram prestadas a ela, como a denominação de uma rua com o seu nome.
A visitante Ana Clara Julio Barros, de 18 anos, expressa sua admiração pelo Memorial e pela capela dedicada à beata Isabel Cristina. Ela afirma que é possível sentir de perto a humanidade de Isabel através de seus objetos e escritos, que tocam e confortam os corações, transmitindo a certeza de que ela nunca teve medo de viver para Cristo. Ana Clara conheceu a história de Isabel em 2020, quando o papa Francisco reconheceu o seu martírio.
Durante esta semana, é esperado que centenas de pessoas visitem o Memorial para as celebrações da primeira festa em honra à beata Isabel Cristina. Desde a semana passada até esta quinta-feira, ocorreram novenas, missas e oração do terço. No dia 1º de setembro, serão realizadas missas e, para encerrar o dia, haverá uma procissão com a imagem da mártir, na presença do arcebispo de Mariana, dom Airton José dos Santos.
Para o monsenhor Danival Milagres Coelho, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, duas virtudes enfatizadas na vida de Isabel Cristina foram a perseverança na fé e o valor da castidade. Ele destaca que ela soube viver uma vida casta e resistiu bravamente à tentativa de violência até o momento em que derramou seu sangue por sua fé.
Isabel Cristina foi assassinada em Juiz de Fora, em 1982, aos 20 anos de idade, após uma tentativa de estupro. Por defender a fé e os valores cristãos até a morte, o papa Francisco reconheceu o seu martírio em 2020, proclamando-a Virgem e Mártir. Com isso, ela se tornou beata sem a necessidade de comprovação de um milagre. Para a canonização, é preciso comprovar um milagre ocorrido após a beatificação ou após a publicação do decreto de martírio.
No dia da inauguração da capela dedicada à beata Isabel Cristina, os devotos terão a oportunidade de participar de missas ao longo do dia e encerrarão as celebrações com uma procissão que contará com a presença do arcebispo dom Airton José dos Santos.
(Essa matéria foi escrita no contexto de um projeto fictício de um jornalista)
