Desde fevereiro, a UFRJ destaca a existência de diversas subvariantes da Ômicron, contribuindo para o entendimento da evolução do vírus.

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou que diferentes subvariantes da Ômicron, a variante do novo coronavírus, estão circulando na cidade desde fevereiro deste ano. Segundo informações divulgadas pela universidade em uma nota oficial, a nova linhagem identificada como EG.5.1.1 (23F), apelidada de Éris, foi detectada em duas das 95 amostras sequenciadas no início deste mês.

O sequenciamento genético foi realizado pela Unidade de Genômica do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, que coletou amostras de pacientes que testaram positivo para a doença entre fevereiro e agosto de 2023.

De acordo com a UFRJ, as duas amostras onde a variante Éris foi identificada foram colhidas no mês de agosto, nos dias 10 e 11, de dois membros de uma mesma família. Ambos apresentaram sintomas respiratórios e febre cerca de uma semana após retornarem de uma viagem à Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Inicialmente, um dos membros apresentou um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias depois de retornar da viagem.

A universidade afirmou em nota que o histórico de viagem recente para uma localidade com grande concentração de turistas internacionais, aliado ao curto período de tempo entre o retorno e o surgimento dos sintomas, sugeria a possibilidade de infecção importada seguida de transmissão intrafamiliar. No entanto, não foi possível afirmar na época se já havia transmissão local sustentada pela variante Éris.

No entanto, na última quarta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou a transmissão local da subvariante da Ômicron Éris. O caso foi atestado pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que apresentou sintomas leves, ficou em isolamento domiciliar e já não manifesta mais sintomas. Como ele não tem histórico de viagem, isso indica a ocorrência de transmissão local dessa linhagem.

A SMS destacou a alta cobertura vacinal alcançada na cidade, atingindo 98% no esquema inicial de vacinação, que inclui a primeira e a segunda dose da vacina contra a Covid-19. No entanto, a secretaria ressaltou a importância da dose de reforço, uma vez que a proteção proporcionada pelas doses anteriores diminui ao longo do tempo. Portanto, a dose de reforço se torna indispensável para manter a imunidade.

As vacinas estão disponíveis em diversas unidades de Atenção Primária, clínicas da família e centros municipais de saúde, além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h, e em postos extras espalhados pela cidade. A Secretaria Municipal de Saúde enfatiza a importância de todos se vacinarem, mantendo assim a proteção individual e coletiva contra a Covid-19.

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