No dia 17 do último mês, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de contaminação pela nova variante Éris, que já se tornou dominante nos Estados Unidos. Segundo o órgão, a vacinação em dia continua sendo a principal forma de combate ao vírus.
Segundo o Instituto Todos pela Saúde, os números mais altos de positividade são encontrados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). Essas análises foram baseadas em dados de mais de 1,1 milhão de testes moleculares realizados entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.
Entre os estados analisados, Minas Gerais (21,4%) e Goiás (20,4%) apresentaram as maiores taxas de positividade para a doença. Em seguida, estão o Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%).
De acordo com o instituto, “o maior crescimento de resultados positivos no mês de agosto foi observado em Goiás, de 8% para 20%”. O estado teve um aumento significativo de casos da doença.
No mês de agosto, a nova variante do coronavírus, Éris, foi identificada pela primeira vez no Brasil. O primeiro caso foi confirmado em São Paulo no dia 17, porém especialistas acreditam que ela já estava circulando no país antes disso. Devido à baixa taxa de testagem, provavelmente ela não tinha sido encontrada ainda pelos laboratórios.
Em relação aos cuidados recomendados pelas autoridades, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, ressalta que, mesmo com o alerta da OMS sobre a nova subvariante, não há indicação para o uso de máscaras por toda a população. A recomendação continua sendo a vacinação em dia.
Ethel destaca que “no atual contexto, as orientações continuam as mesmas. A vacinação é a melhor medida de combate à covid-19, com a atualização das doses de reforço, principalmente para os grupos de risco, idosos e crianças. É importante tomar a dose adicional, preferencialmente as vacinas polivalentes disponibilizadas pelo ministério”.
Segundo dados do Ministério da Saúde, menos da metade da população brasileira já recebeu a dose de reforço da vacina contra a covid-19. Dos cerca de 214 milhões de brasileiros, apenas 105 milhões compareceram aos postos de saúde para receber o reforço da imunização.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo alertou que menos de 20% dos adultos que residem na capital paulista tomaram a nova dose bivalente. A pasta promoveu campanhas nos terminais do Metrô e da CPTM para tentar aumentar a adesão da população.
Mesmo com o fim da emergência declarada pela OMS em maio deste ano, ainda é recomendado que os grupos de maior risco para a doença continuem seguindo as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou com aglomeração, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. O mesmo vale para pessoas com sintomas gripais.
A pasta também destaca que está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir, que deve ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus assim que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo.
Em relação ao esquema vacinal contra a covid-19, cada faixa etária possui um esquema específico de doses, que incluem as doses básicas e uma dose de reforço. A vacinação é essencial para garantir uma maior proteção contra a doença.
Em suma, os números de casos positivos para covid-19 aumentaram no mês de agosto, sendo evidenciada uma duplicação na taxa de positividade dos testes em relação ao mês anterior. Diante disso, é importante que a população mantenha a vacinação em dia e siga as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades de saúde.