Em julho, o setor de máquinas e equipamentos apresentou mais um declínio em suas vendas, acentuando a crise econômica.

O setor de máquinas e equipamentos continua enfrentando dificuldades, registrando mais uma queda em sua receita líquida total de vendas no mês de julho. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a receita líquida de vendas total do setor foi de R$ 23,7 bilhões, representando uma queda de 10,5% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma redução de 4,6% em comparação a junho. É importante ressaltar que essa sequência de declínios já ocorre desde 2022.

As exportações do setor, no entanto, apresentaram um aumento significativo em julho, totalizando US$ 1,17 bilhão, o que representa um crescimento de 16,7% em relação ao mesmo período de 2022 e 12,2% em relação ao mês anterior. Por outro lado, as importações de máquinas e equipamentos também aumentaram, com um crescimento de 15,8% em comparação a julho de 2022, totalizando US$ 2,29 bilhões.

Em relação ao acumulado do ano, as importações superaram as do mesmo período do ano passado em 14,3%, alcançando a marca de US$ 15,6 bilhões, representando 40% do total de máquinas consumidas no país. Esses dados indicam uma perda de competitividade da indústria local frente aos bens importados, de acordo com a Abimaq.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos, que engloba as aquisições de bens produzidos internamente e os importados, também apresentou uma queda significativa de 9,9% em relação a julho de 2022, totalizando R$ 29,6 bilhões.

Além disso, o setor registrou uma redução de 0,9% no número de pessoas ocupadas em julho em comparação ao mesmo período do ano passado, com 392.752 trabalhadores no setor.

Diante desses resultados preocupantes, a Abimaq mantém as projeções de fechamento para o ano de uma queda de 3,4%. No entanto, é esperado que essa estimativa seja revisada para baixo, ampliando o recuo para aproximadamente 10%.

Esses dados refletem o agravamento da crise no mercado doméstico e a falta de incentivos para a indústria nacional. A competição desleal com produtos importados tem colocado em xeque a competitividade das empresas nacionais, resultando em uma diminuição do consumo interno e, consequentemente, das vendas e da produção do setor de máquinas e equipamentos. Medidas urgentes são necessárias para reverter esse cenário e fortalecer a indústria brasileira.

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