O IPP é utilizado para medir a evolução dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem considerar impostos e fretes. Ele engloba a indústria extrativa e 23 setores da indústria de transformação. No acumulado do ano, o IPP registrou uma queda de 7,23% para esses setores, e nos últimos 12 meses, a taxa acumulada ficou em -14,07%.
Olhando especificamente para a indústria extrativa, houve um aumento de 5,08% em julho, revertendo a queda de 10,52% registrada em junho. Já a indústria de transformação apresentou uma redução de 1,09% em julho, em comparação com o recuo de 2,33% registrado no IPP de junho.
Esses resultados no IPP mostram uma leve recuperação nos preços da indústria, principalmente na indústria extrativa. É importante ressaltar, no entanto, que os setores ainda estão enfrentando desafios econômicos, como a queda na demanda devido à pandemia da Covid-19. Essa diminuição na demanda tem impactado diretamente nos preços dos produtos, levando a uma pressão para a redução dos mesmos.
Apesar da melhora em julho, ainda há incertezas em relação à recuperação da indústria nos próximos meses. Com a retomada gradual das atividades econômicas, espera-se que os preços possam se estabilizar e voltar a registrar uma tendência de alta. No entanto, a situação ainda é delicada e vai depender de diversos fatores, como a evolução da pandemia e as medidas de estímulo implementadas pelo governo.
É importante acompanhar de perto os dados do IPP nos próximos meses para identificar se essa melhora se mantém e se a indústria consegue se recuperar dos impactos causados pela pandemia. O setor industrial é fundamental para a economia brasileira, por isso, é necessário que sejam adotadas medidas efetivas para impulsionar a sua retomada e garantir a criação de empregos e o crescimento econômico do país.