Empresa suspeita de causar espuma na água é fechada pelo governo do RJ, impactando o fornecimento do recurso vital.

O Governo do Rio de Janeiro tomou medidas nesta terça-feira (29) contra a empresa responsável pelo lançamento da espuma que causou a interrupção no fornecimento de água na região metropolitana. A empresa em questão é a Burn Indústria e Comércio, localizada no Parque Industrial de Queimados (RJ) e com ligações com a marca Limppano.

Segundo o governo, a Burn não possuía autorização para despejar resíduos no rio Queimados, afluente do Guandu, que é a fonte de água da região metropolitana. O despejo ilegal foi realizado por meio de uma galeria pluvial, que é destinada ao escoamento de água da chuva. O vice-governador e secretário de Meio Ambiente, Thiago Pampolha, afirmou que apesar de não excluir outras contribuições de empresas, a Burn cometeu um crime e não ficará impune.

A Polícia Civil também está conduzindo uma investigação criminal para identificar os responsáveis pelo despejo. Os sócios e diretores da empresa foram intimados a prestar depoimento.

A espuma causou a interrupção da produção de água por 14 horas na Estação de Tratamento de Água do Guandu. O sistema só foi totalmente restabelecido às 4h17 desta terça-feira. A normalização do abastecimento em regiões mais altas ou afastadas da estação deve ocorrer apenas na quinta-feira. Mais de 11 milhões de pessoas foram afetadas pelo corte no serviço, que atinge 80% da capital e da Baixada Fluminense. Os municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados também foram afetados.

Durante o período de interrupção, análises laboratoriais foram realizadas para avaliar a qualidade da água e foi constatado que não havia risco. O fornecimento de água foi retomado após esses resultados.

É importante destacar que a empresa Burn e a marca Limppano foram contatadas pela reportagem da Folha, mas não houve resposta até o momento da publicação deste texto.

O caso levantou questões sobre a responsabilidade ambiental das empresas e a necessidade de punições em casos de despejo irregular de resíduos. A investigação em curso deve trazer mais informações sobre o ocorrido e ajudar a evitar ocorrências semelhantes no futuro.

Como medidas de prevenção, é fundamental que as autoridades tenham um controle rigoroso sobre as atividades das empresas, principalmente aquelas que lidam com produtos químicos e potencialmente poluentes. Além disso, é preciso conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental e do consumo sustentável, para evitar danos irreparáveis ao meio ambiente.

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