De acordo com o governo de São Paulo, Faustão ocupava a segunda posição na lista de espera por um transplante.

O renomado apresentador Fausto Silva passou por um procedimento de transplante de coração neste domingo (27), sendo contemplado com este órgão vital após uma combinação de fatores técnicos. Segundo as informações da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a Central de Transplantes do Estado foi responsável por oferecer o coração à equipe médica encarregada do transplante de Faustão.

A seleção do coração ocorreu por meio de um sistema informatizado de gerenciamento do sistema estadual de transplantes, que apresentou 12 pacientes que atendiam aos requisitos estipulados. Dentre esses pacientes, quatro se destacaram pela gravidade de sua condição de saúde, sendo que o apresentador ocupava a segunda posição. No entanto, a primeira posição decidiu recusar o órgão, abrindo caminho para Faustão.

É importante ressaltar que recusas podem ocorrer devido a possíveis incompatibilidades entre receptor e doador, sendo necessário que haja uma análise criteriosa para garantir o sucesso do procedimento. O tempo de espera por um transplante de coração, especialmente para aqueles do grupo sanguíneo B, varia de um a três meses, sendo reduzido em casos prioritários devido à iminente condição de morte do receptor.

A Central de Transplantes de São Paulo disponibiliza órgãos de acordo com critérios técnicos definidos pela Portaria de Consolidação n° 04 de 2017. Estes critérios levam em consideração a compatibilidade sanguínea, antropométrica e de priorização, conforme definido por lei. É importante ressaltar que fatores como poder financeiro e influência não garantem prioridade ao receptor, sendo este processo baseado em critérios técnicos.

O processo de transplante de coração é extremamente complexo e requer uma combinação de vários fatores para que seja realizado com sucesso. Desde o momento em que há a suspeita de morte cerebral do doador até a implantação do órgão no receptor, um rigoroso protocolo é seguido para garantir a viabilidade do transplante.

Após a retirada do coração do doador, o receptor é preparado no centro cirúrgico. Durante esse processo, o paciente é mantido vivo por uma máquina de circulação extracorpórea, que realiza a circulação do sangue. Após a sutura dos vasos e a entrada do sangue do receptor no novo coração, o órgão começa a bater novamente. O pós-operatório é similar ao de uma cirurgia cardíaca comum, com a necessidade do uso de imunossupressores para evitar a rejeição do órgão.

Os primeiros dias pós-transplante são os mais críticos, sendo que a taxa de sobrevida ao longo do primeiro ano é de aproximadamente 80%. Após esse período, espera-se que o paciente tenha uma sobrevida de mais de 12 ou 13 anos.

É importante ressaltar que o processo de transplante é regulado por leis e protocolos rígidos, que envolvem empenho, tecnologia, profissionalismo e um pouco de sorte para o paciente. A posição na fila de espera não pode ser alterada por critérios que não sejam técnicos, garantindo assim uma distribuição justa dos órgãos disponíveis.

Portanto, o transplante de coração realizado em Fausto Silva foi fruto de um complexo processo que envolveu a seleção adequada do órgão, a preparação do receptor e os cuidados pós-transplante para garantir seu sucesso a longo prazo.

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