Em entrevista, Ambar destacou que os psicólogos também são seres humanos capazes de sentir. A profissão exige sensibilidade, capacidade de compreensão e julgamento imparcial, mas também requer que eles estejam atentos e sejam críticos. Além disso, a tarefa de manter a concentração durante as sessões ao longo do dia pode ser extremamente cansativa e desgastante.
É por isso que a terapia não é apenas uma ferramenta importante para o desenvolvimento pessoal e autoconhecimento dos pacientes, mas também para o bem-estar dos próprios psicólogos. Ao passarem pelo processo terapêutico, eles aprendem a separar seus próprios sentimentos dos dos pacientes e a lidar com a contratransferência, que são os sentimentos e pensamentos que os pacientes despertam neles.
Para os estudantes de psicologia, é recomendado realizar a terapia desde cedo, durante a graduação, para lidar com os conteúdos emocionalmente exigentes e desafiadores que são abordados no curso. No entanto, a terapia não é uma exigência e muitos alunos não têm condições financeiras para arcar com os custos desse acompanhamento.
Em vez disso, eles podem contar com supervisões e conversas com colegas para debater sobre os casos clínicos e desafios que enfrentam no atendimento. Essas redes de interlocução podem ajudar a aliviar o peso emocional e fornecer suporte profissional.
É importante ressaltar que os profissionais não precisam passar pela terapia durante toda a carreira, mas sim quando sentirem necessidade de um cuidado mais intenso ou passarem por mudanças significativas em suas vidas ou carreiras.
Neste domingo (27), celebramos o Dia do Psicólogo, uma profissão que foi regulamentada em 27 de agosto de 1962. Essa data representa a importância desse profissional na sociedade e a contribuição que eles fazem para o bem-estar emocional e mental das pessoas.
