O parecer do relator, vereador Marlon Luiz (MDB), foi aprovado por 5 votos a favor, com uma abstenção. Alessandro Guedes (PT), Aurélio Nomura (PSDB), Danilo do Posto (Podemos) e Sílvia da Bancada Feminista (PSOL) foram os vereadores que votaram favoravelmente ao parecer de cassação. A abstenção ficou por conta do vereador Sansão Pereira (Republicanos).
Sansão Pereira ressaltou que é a favor de uma penalidade para Cristófaro, mas não concorda com a cassação de seu mandato. Segundo ele, uma suspensão seria uma punição mais adequada. Pereira destacou que é contrário ao racismo e que acredita na necessidade de uma punição, mas considera que a cassação é uma medida extrema.
A representação contra Camilo Cristófaro foi feita após ele ter sido flagrado utilizando uma expressão racista durante a CPI dos Aplicativos. Em um áudio vazado, o vereador disse: “Olha só, lavando a calçada. Isso é coisa de preto”. O caso ocorreu em maio de 2022 e resultou na desfiliação de Cristófaro do PSB. No dia seguinte, ele pediu desculpas publicamente, reconhecendo o erro e afirmando seu compromisso em combater o racismo estrutural.
No entanto, na esfera judicial, o caso de Camilo Cristófaro foi arquivado. O juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal de São Paulo, rejeitou a denúncia argumentando que a fala do vereador poderia ser considerada discriminatória, mas não teve a intenção de discriminar. Para o magistrado, a frase foi dita em um contexto de brincadeira, sem a intenção de promover segregação.
A decisão da Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo reflete a importância de combater o racismo e promover a igualdade racial, especialmente no âmbito de um parlamento que representa a diversidade da sociedade. A decisão final sobre a cassação de Camilo Cristófaro será tomada pelo plenário da Câmara Municipal, sendo aguardada com grande expectativa por todos os envolvidos no processo.