De acordo com informações do rastreador online Flightradar24, o Embraer Legacy 600, identificado como RA-02795, registrou apenas um acidente em mais de 20 anos de serviço. Esse acidente, que não estava relacionado a falhas mecânicas, ocorreu em 2006, quando a aeronave colidiu no ar com um Boeing 737-800 da Gol. Nesse incidente, o avião comercial da Boeing caiu e todos os 154 passageiros morreram, enquanto o piloto do avião da Embraer conseguiu pousar em segurança.
Vale ressaltar que o Embraer Legacy 600 está sob sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos desde 2019, quando foi listado sob o nome prévio de M-SAAN. Essas sanções proíbem fabricantes de aeronaves ocidentais de fornecer peças ou suporte para aviões operados na Rússia. A Embraer informou que não presta serviços de suporte ao avião desde 2019 e que cumpre as sanções impostas à Rússia.
Em relação ao chefe mercenário do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, as autoridades russas confirmaram sua presença na lista de passageiros do avião. Prigozhin já havia sido alvo de medidas do Tesouro dos EUA por tentar influenciar as eleições de 2018 nos Estados Unidos. Os códigos de identificação da aeronave, mencionados na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (Lista SDN) do Tesouro dos EUA, correspondem aos do avião acidentado com o número de cauda RA-02795.
O acidente do Legacy 600 na Rússia ocorreu após as informações de que a mesma aeronave foi vista voando da Rússia para Belarus logo após um motim fracassado do grupo Wagner no final de junho. Suspeita-se que Prigozhin estivesse a bordo da aeronave durante esse voo.
O Legacy 600 é um modelo de avião executivo que entrou em serviço em 2002 e teve quase 300 unidades fabricadas até o fim da produção, em 2020. Além do acidente de 2006, no qual a Embraer foi absolvida de culpa, não há outros registros de acidentes envolvendo essa aeronave.
É importante destacar que a Embraer afirmou que estava ciente da queda do avião na Rússia, mas não tinha mais informações sobre o caso, reforçando que não presta serviços de suporte ao jato desde 2019.
