O tacógrafo do ônibus que resultou na trágica morte de sete torcedores corintianos encontrava-se vencido há quase três anos.

Na madrugada de domingo (20), um trágico acidente envolvendo um ônibus de torcedores do Corinthians deixou sete vítimas fatais em Igarapé (MG). De acordo com informações do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do estado de São Paulo, o tacógrafo do veículo estava vendido há três anos, com o último certificado emitido em 2018 e com validade até 2020.

O tacógrafo é um equipamento obrigatório em veículos de transporte com peso acima de 4.536 kg ou com capacidade para mais de dez passageiros. Ele registra informações como distância percorrida, velocidade e tempo de direção do motorista. No entanto, a verificação desse dispositivo deve ser realizada a cada dois anos.

Além disso, foi constatado que o ônibus em questão não possuía registro nem autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros, o que o torna irregular de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O veículo pertence à empresa CFV Martins Transportes, com sede em Jacareí (SP), mas todas as tentativas de contato com a empresa foram sem sucesso.

O tacógrafo é considerado a “caixa preta” dos ônibus, caminhões e vans escolares, pois suas informações são de extrema importância em casos de acidentes ou denúncias de má condução do veículo. Além de ser obrigatório, o equipamento também deve passar por verificação metrológica, com a emissão de um certificado válido por dois anos.

O Ipem enfatiza a importância dos usuários e passageiros verificarem as condições dos veículos, como a existência do certificado de verificação do tacógrafo vigente. Caso haja suspeita de irregularidades, é possível realizar denúncias pelo telefone 0800-0130522, pelo e-mail ouvidoria@ipem.sp.gov.br ou pelo site www.ipem.sp.gov.br.

É fundamental que todas as medidas de segurança sejam adotadas para evitar acidentes como esse e garantir a integridade dos passageiros. O cumprimento das normas de transporte e a manutenção adequada dos veículos são essenciais para prevenir tragédias como a ocorrida em Igarapé. A fiscalização e a conscientização de todos os envolvidos no transporte de passageiros são fundamentais para garantir a segurança nas estradas.

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