Essa mudança na composição do Conselho trouxe resultados positivos, pois permitiu a participação de segmentos antes excluídos, como a população LGBTQIA+, mulheres, povos originários e a igualdade racial. Com isso, a representatividade no Conselho ganhou ainda mais força, proporcionando uma visão mais pluralista e ampla da realidade dos idosos no Brasil.
O objetivo do CNDPI é elaborar diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional da Pessoa Idosa, buscando garantir a dignidade e os direitos dessa população. Durante a solenidade de posse, o ministro Silvio Almeida ressaltou a importância do significado do envelhecimento, lembrando que essa palavra envolve o acúmulo de experiências e sabedoria.
O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do MDHC, Alexandre da Silva, também destacou a relevância do trabalho do Conselho nesse biênio. Ele ressaltou que o direito de envelhecer deve ser garantido a todas as pessoas e que esse compromisso é o legado que eles pretendem deixar durante sua gestão. Além disso, ele enfatizou que o critério cronológico para definir a idade para a proteção dos direitos é insuficiente, pois há grupos sociais que, em sua maioria, não chegam aos 60 anos.
A presidente da Comissão Eleitoral para escolha das entidades da sociedade civil no CNDPI, Maria Coreti dos Santos, celebrou a participação das entidades representativas nesse momento histórico de reconstrução da democracia. Segundo ela, a inclusão de temas como a igualdade racial, mulheres, pessoas indígenas e LGBTQIA+ é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O deputado Aliel Machado (PV-PR), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados, também ressaltou a importância do Conselho e defendeu a ampliação do orçamento público para custear políticas voltadas para essa população. Para ele, a posse no Conselho é um exemplo de cidadania e direito humano, com a participação efetiva da sociedade na busca por superar desafios e diminuir as desigualdades existentes no país.
Com a posse dos novos membros, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa inicia uma nova trajetória com a esperança de promover medidas que garantam o envelhecimento digno e o exercício pleno da cidadania para os idosos brasileiros. A ampliação da representatividade do órgão é um passo importante na luta pelos direitos dessa população e na construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.