No entanto, o desempenho do segmento de produtos alimentícios e bebidas apresentou uma melhora de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no segmento de produtos não alimentícios, a redução do indicador foi impulsionada pela queda nos insumos agropecuários (17,2%), produtos têxteis (5,1%) e produtos florestais (4,1%), que foram parcialmente compensados pelo aumento de 12% no segmento de biocombustíveis e de 2,6% no setor de fumo.
A pesquisa da FGV Agro destaca que o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre deste ano foi pior do que nos primeiros três meses, e o setor agroindustrial acompanhou essa tendência. Ainda segundo a instituição, o setor de alimentos e bebidas apresenta uma maior resiliência em comparação com a indústria de transformação e a indústria em geral, que registraram quedas de 1,3% e 0,3%, respectivamente.
Em junho, o PIM Agro apresentou uma redução de 1,2% em relação a maio e 1,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado. A FGV Agro ressalta que a redução da produção agroindustrial no mês foi um pouco mais suave do que na indústria de transformação, que registrou uma queda de 1,5% no mesmo período.
Para o acumulado do ano, a FGV Agro estima uma queda de 0,6% no PIM Agro em relação a 2022. A instituição observa que essa queda está relacionada à desaceleração da economia após um primeiro trimestre robusto impulsionado pelo setor agropecuário e à valorização do real.
No entanto, para o segundo semestre, a FGV Agro prevê que a produção de alimentos e bebidas será favorecida pelo arrefecimento da inflação, o maior aquecimento do mercado de trabalho e a redução dos juros, o que deve diminuir o endividamento e a inadimplência das famílias. Espera-se, assim, um crescimento de 2,8% no setor de produtos alimentícios e bebidas, enquanto o segmento de produtos não alimentícios deve apresentar uma queda de 4,3% na produção industrial ao longo do ano.
Esses dados evidenciam a importância do setor agroindustrial na economia brasileira, mesmo diante de desafios e oscilações do mercado. O setor de alimentos e bebidas mostra resiliência e perspectivas de crescimento, enquanto o segmento de produtos não alimentícios enfrenta dificuldades. Portanto, é fundamental monitorar esses indicadores e buscar estratégias para impulsionar o setor agroindustrial e garantir seu papel como motor da economia brasileira.