Durante a live semanal do BC no Youtube, Araujo explicou que estão enfrentando alguns problemas no desenvolvimento da solução tecnológica do Drex. A preservação da privacidade tem sido um desafio significativo nesse processo. A demora na etapa de testes faz com que a última fase, que envolve negociações simuladas com títulos públicos, seja adiada para maio. Apesar desse atraso, Araujo mantém a estimativa de que o Drex estará disponível para os cidadãos no final de 2024 ou no início de 2025.
No dia 7 deste mês, o BC anunciou o Drex como a futura moeda virtual brasileira. Até então, o projeto era chamado de real digital. De acordo com o Banco Central, cada letra do nome Drex representa uma característica da ferramenta: “D” para digital, “R” para real, “E” para eletrônica e “X” para modernidade e conexão, além de repetir a última letra do Pix, o sistema de transferência instantânea lançado em 2020.
No processo de desenvolvimento do Drex, o BC escolheu a plataforma Hyperledger Besu em março para realizar os testes com ativos diversos. Essa plataforma oferece baixos custos de licença e royalties de tecnologia, pois funciona em código aberto. Em junho, o banco selecionou 16 consórcios para participar do projeto piloto. Esses consórcios serão responsáveis por construir os sistemas a serem integrados à plataforma Hyperledger Besu e desenvolver os produtos financeiros e soluções tecnológicas.
No entanto, ocorreram atrasos na conexão desses consórcios com a plataforma, devido à dificuldade na escolha da tecnologia de proteção da privacidade. Araujo mencionou que o nível de maturidade ainda não está adequado às exigências da LGPD. Para garantir a condução adequada dos testes de privacidade, o cronograma atual prevê que tudo seja concluído em maio.
Essas dificuldades técnicas estão sendo enfrentadas pelo Banco Central, resultando no adiamento da primeira fase do Drex. No entanto, a expectativa é de que esse projeto se torne uma realidade nos próximos anos, trazendo uma nova forma de realizar transações financeiras no Brasil.