A conclusão da fase inicial do projeto Drex sofre atraso, prevista agora para maio de 2024.

A primeira fase do Drex, a moeda virtual que será equivalente ao real, será adiada para maio de 2024 devido à demora na inclusão de participantes e questões relacionadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A informação foi divulgada pelo coordenador da iniciativa no Banco Central (BC), Fabio Araujo. Essa nova programação representa um atraso de três meses em relação ao cronograma original, que previa o término da etapa de testes em fevereiro do próximo ano.

Durante a live semanal do BC no Youtube, Araujo explicou que estão enfrentando alguns problemas no desenvolvimento da solução tecnológica do Drex. A preservação da privacidade tem sido um desafio significativo nesse processo. A demora na etapa de testes faz com que a última fase, que envolve negociações simuladas com títulos públicos, seja adiada para maio. Apesar desse atraso, Araujo mantém a estimativa de que o Drex estará disponível para os cidadãos no final de 2024 ou no início de 2025.

No dia 7 deste mês, o BC anunciou o Drex como a futura moeda virtual brasileira. Até então, o projeto era chamado de real digital. De acordo com o Banco Central, cada letra do nome Drex representa uma característica da ferramenta: “D” para digital, “R” para real, “E” para eletrônica e “X” para modernidade e conexão, além de repetir a última letra do Pix, o sistema de transferência instantânea lançado em 2020.

No processo de desenvolvimento do Drex, o BC escolheu a plataforma Hyperledger Besu em março para realizar os testes com ativos diversos. Essa plataforma oferece baixos custos de licença e royalties de tecnologia, pois funciona em código aberto. Em junho, o banco selecionou 16 consórcios para participar do projeto piloto. Esses consórcios serão responsáveis por construir os sistemas a serem integrados à plataforma Hyperledger Besu e desenvolver os produtos financeiros e soluções tecnológicas.

No entanto, ocorreram atrasos na conexão desses consórcios com a plataforma, devido à dificuldade na escolha da tecnologia de proteção da privacidade. Araujo mencionou que o nível de maturidade ainda não está adequado às exigências da LGPD. Para garantir a condução adequada dos testes de privacidade, o cronograma atual prevê que tudo seja concluído em maio.

Essas dificuldades técnicas estão sendo enfrentadas pelo Banco Central, resultando no adiamento da primeira fase do Drex. No entanto, a expectativa é de que esse projeto se torne uma realidade nos próximos anos, trazendo uma nova forma de realizar transações financeiras no Brasil.

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