O Brasil assumirá a presidência do G20 a partir do próximo ano, o que marca a retomada do protagonismo brasileiro nos debates sobre questões globais de saúde. Nísia Trindade destacou que o sucesso no combate a futuras pandemias depende da interação entre os países e da capacidade de eles se integrarem para fortalecer os sistemas de saúde nacionais.
Além disso, a ministra enfatizou a importância do fortalecimento das capacidades nacionais de vigilância e resposta à resistência antimicrobiana. Ela também ressaltou a necessidade de garantir a produção, o fornecimento e o acesso universal a produtos de baixo custo.
Na sexta-feira, Nísia Trindade participou de uma cúpula sobre medicina tradicional, onde mencionou a proposta brasileira de inclusão da saúde dos povos indígenas como uma questão prioritária na pauta da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa proposta foi adotada por consenso na última Assembleia Mundial da Saúde.
O Grupo dos 20 é composto por 19 das maiores economias do mundo, além da União Europeia. Esses países representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global, mais de 75% do comércio global e dois terços da população mundial.
Desde 2008, os países do G20 se revezam na presidência. Esta será a primeira vez que o Brasil assumirá a presidência no atual formato. A programação da presidência brasileira incluirá mais de uma centena de reuniões oficiais em todo o país, como a Cúpula de Líderes e reuniões ministeriais.
A Cúpula de Líderes do G20 está prevista para ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. A Presidência da República do Brasil definiu três desafios orientadores gerais para todos os grupos de trabalho do G20 em 2024: desenvolvimento sustentável, reforma das estruturas de governança global e combate às desigualdades.
