Após depoimento de hacker à CPMI, Eliziane solicitará novas quebras de sigilo, como revelado em vídeo.

A relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez uma declaração nesta quinta-feira (17) pedindo a quebra do sigilo telemático daqueles que participaram de reuniões relacionadas à possibilidade de invasão às urnas eletrônicas. A senadora fez esse pedido após o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, no qual ele detalhou encontros ocorridos em 2022 com autoridades, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, para discutir ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

Durante seu depoimento à CPI do 8 de Janeiro, Walter Delgatti Neto, conhecido também como “Vermelho”, revelou que teve encontros com diversas autoridades no ano de 2022, incluindo Jair Bolsonaro. Nessas reuniões, segundo o hacker, foram discutidas estratégias para a realização de ataques ao sistema eleitoral do país.

Diante dessas informações, a senadora Eliziane Gama decidiu que é necessário quebrar o sigilo telemático dos participantes dessas reuniões. A relatora da CPI acredita que essa medida é fundamental para investigar e esclarecer as denúncias feitas por Walter Delgatti Neto.

A quebra do sigilo telemático permitirá acesso aos registros e dados das comunicações realizadas pelos participantes dessas reuniões por meio de dispositivos eletrônicos. Essa medida é importante, pois possibilitará a obtenção de provas que poderão comprovar a veracidade das declarações do hacker.

Cabe ressaltar que a CPMI do 8 de Janeiro foi criada com o objetivo de investigar a invasão de celulares de autoridades ocorrida nessa data. Porém, esse depoimento revelou uma possível relação entre essas invasões e a discussão sobre ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

A relatora Eliziane Gama afirmou que é fundamental esclarecer essas denúncias, pois ataques ao sistema eleitoral representam uma ameaça à democracia e ao processo eleitoral. A quebra do sigilo telemático dos participantes dessas reuniões é uma medida necessária para a investigação avançar e chegar a eventuais responsáveis.

Agora, cabe aos demais membros da CPI do 8 de Janeiro decidirem se a quebra do sigilo telemático será autorizada. Essa medida, se aceita, significará um avanço importante para a apuração dos fatos e a busca por provas concretas que possam confirmar as denúncias feitas por Walter Delgatti Neto.

Em meio a um contexto político conturbado, o país aguarda os desdobramentos dessa investigação para entender melhor a dimensão dessas denúncias e suas consequências para a democracia brasileira. A quebra do sigilo telemático, se realizada, poderá fornecer informações fundamentais para a compreensão desse caso e para a identificação dos eventuais responsáveis pelos ataques ao sistema eleitoral.

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