No depoimento, Stédile também criticou o agronegócio que não está com Lula, afirmando que é “burro”. Segundo ele, o MST invadiu a Embrapa porque era a área pública mais próxima e conseguiram chamar a atenção da opinião pública sem causar destruição.
Durante a CPI, Stédile se recusou a responder perguntas do relator, deputado Ricardo Salles, ex-ministro da Agricultura do governo Bolsonaro. Salles confrontou Stédile sobre uma associação que recebe recursos públicos em nome do MST e sobre líderes de assentamentos que se apropriam indevidamente de recursos. Stédile afirmou que não tinha conhecimento desses repasses e que se tratavam de casos isolados.
O líder do MST também aproveitou o depoimento para fazer críticas ao setor do agronegócio, principalmente à Aprosoja, e para fazer propaganda das ações do movimento. Stédile afirmou que o agronegócio está dividido, com uma parte que estudou e apoiou Lula e outra parcela que só pensa em ganhar dinheiro. Segundo ele, esse “agronegócio burro” está com os dias contados.
O depoimento de Stédile na CPI do MST foi marcado por confrontos com o relator e aplausos de deputados do PT e PSOL. Parlamentares ligados a esses partidos acompanharam a sessão e demonstraram apoio ao líder do movimento. A CPI do MST teve seu relatório final adiado para que sejam feitas diligências na região sul da Bahia antes de seu encerramento. A visita está prevista para a próxima sexta-feira, 25.
Em resumo, João Pedro Stédile admitiu que a invasão da Embrapa foi um erro, mas tentou justificar a ação. Ele negou ligação do MST com o PT, criticou o agronegócio e respondeu apenas parte das perguntas da CPI do MST. O depoimento de Stédile foi marcado por embates com o relator e pela presença de parlamentares do PT e PSOL demonstrando apoio ao líder do movimento.