O jornal Folha deixa claro: O bolsonarismo deve ser entendido e eliminado, jamais aceito.

Estavam obviamente enganados todos aqueles que chegaram a supor que o bolsonarismo era só uma forma de ser da direita, um pouco mais áspera e angulosa do que se tinha até então, mas, ainda assim, suportável em nome da diversidade. Um outro equívoco se juntou a esse. Muitos apostaram que Jair Bolsonaro acabaria se vergando ao peso das instituições. No fim das contas, seria só um fanfarrão agressivo, dado a arroubos retóricos, mas se dava como pouco provável que tentasse se organizar para golpear a democracia. Ele se mostraria apenas como a cara mais feia do regime.

O leitor que não está inteirado deste debate deve pesquisar a respeito do chamado “paradoxo da tolerância”, sintetizado pelo filósofo Karl Popper. Indague-se: numa sociedade aberta, quaisquer ideias e proposições devem ser abrigadas, mesmo aquelas que, se realizadas, levariam ao fim das próprias regras que garantem a sua exposição, eliminando –é uma consequência lógica– a própria tolerância? Exposta a questão de um outro modo: devemos ser compassivos diante da disposição do outro de nos eliminar?

O bolsonarismo, como pensamento político, tem de ser banido, sem prejuízo de ser compreendido. Tolerado nunca! Até para que possa existir uma direita democrática.

Estavam obviamente enganados todos aqueles que chegaram a supor que o bolsonarismo era só uma forma de ser da direita, um pouco mais áspera e angulosa do que se tinha até então, mas, ainda assim, suportável em nome da diversidade. Um outro equívoco se juntou a esse. Muitos apostaram que Jair Bolsonaro acabaria se vergando ao peso das instituições. No fim das contas, seria só um fanfarrão agressivo, dado a arroubos retóricos, mas se dava como pouco provável que tentasse se organizar para golpear a democracia. Ele se mostraria apenas como a cara mais feia do regime.

O leitor que não está inteirado deste debate deve pesquisar a respeito do chamado “paradoxo da tolerância”, sintetizado pelo filósofo Karl Popper. Indague-se: numa sociedade aberta, quaisquer ideias e proposições devem ser abrigadas, mesmo aquelas que, se realizadas, levariam ao fim das próprias regras que garantem a sua exposição, eliminando –é uma consequência lógica– a própria tolerância? Exposta a questão de um outro modo: devemos ser compassivos diante da disposição do outro de nos eliminar?

O bolsonarismo, como pensamento político, tem de ser banido, sem prejuízo de ser compreendido. Tolerado nunca! Até para que possa existir uma direita democrática.

Os que acreditavam que o bolsonarismo era apenas uma forma mais radical de direita, mas ainda suportável em nome da diversidade, estavam completamente enganados. Jair Bolsonaro não é apenas um fanfarrão agressivo com arroubos retóricos; ele representa uma ameaça real à democracia.

Muitos também acreditavam que Bolsonaro eventualmente se dobraria ao peso das instituições democráticas, mas esse foi mais um equívoco. O presidente brasileiro tem mostrado cada vez mais sua intenção de organizar um ataque à democracia e consolidar seu poder autoritário.

É importante destacar o “paradoxo da tolerância”, como sintetizado pelo filósofo Karl Popper. Em uma sociedade aberta, todas as ideias devem ser acolhidas, mesmo aquelas que ameaçam as próprias regras que garantem a liberdade de expressão e a tolerância. No entanto, devemos questionar até que ponto devemos ser complacentes com aqueles que desejam eliminar nossa própria existência.

Nesse sentido, é fundamental que o bolsonarismo seja banido como pensamento político. Não podemos tolerar uma ideologia que prega o autoritarismo e a supressão das liberdades individuais. Somente banindo o bolsonarismo é possível garantir a existência de uma direita verdadeiramente democrática.

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