Na sala de tomografia, a enfermeira tentou aplicar uma injeção de contraste por dez vezes, mas por erro, o contraste extravasou para fora da veia, causando uma dor insuportável à paciente. Segundo o processo aberto contra o hospital, 90 ml de iodo espalharam-se dentro do braço da paciente, o que a levou a ser internada de emergência e a passar por três cirurgias em um curto período de tempo.
Além das cicatrizes e das complicações no braço, a paciente também teve problemas respiratórios, taquicardia e problemas na coluna. A advogada que representa a paciente ressaltou que ela teve um retorno do quadro de depressão devido ao estresse causado pelo erro médico.
Infelizmente, a paciente faleceu em 2022, e a advogada afirmou que isso ocorreu devido às sequelas físicas e psicológicas sofridas pelo erro médico. No processo, a Rede D’Or São Luiz se defendeu afirmando que o extravasamento do contraste é um risco conhecido da tomografia e que agiu conforme as diretrizes e recomendações médicas.
Entretanto, o juiz responsável pelo caso considerou que houve erro médico, por imprudência e negligência, e citou um laudo pericial que apontou a falta de detecção do extravasamento e a ausência de conexão entre o líquido e outras complicações de saúde enfrentadas pela paciente. O magistrado também destacou o impacto psicológico sofrido pela paciente, que passou por uma mudança considerável de comportamento devido à cicatriz no braço.
Diante disso, o juiz determinou a indenização de R$ 400 mil aos herdeiros da paciente, valor que ainda será acrescido de juros e correção monetária. O hospital ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão.
É importante ressaltar que casos de erro médico como este podem trazer graves consequências para os pacientes e suas famílias. A segurança e o cuidado no atendimento médico são fundamentais para evitar danos e proteger a vida dos pacientes.
