Na última quinta-feira (3), a Polícia Federal prendeu o fazendeiro suspeito de ameaçar o presidente quando ele visitasse Santarém. No entanto, a defesa do fazendeiro alegou que seu comentário não foi uma ameaça, e a Justiça Federal concedeu liberdade provisória ao acusado.
No dia seguinte, em Parintins (AM), Lula reiterou que não tem medo de ameaças, afirmando que aprendeu com sua mãe a não ter medo de “cara feia”. Em seu discurso em Santarém, o presidente defendeu a necessidade de mais tolerância na política, mas ressaltou que não há liberdade para ofensas e que episódios como os ataques aos três poderes, ocorridos no início de janeiro, resultarão em mais prisões.
A Folha de São Paulo revelou que as investigações da Polícia Federal devem apontar a participação parcial de militares nos ataques de janeiro. Isso contrasta com a apuração feita pelo Exército, que isentou as tropas de culpa e apontou indícios de responsabilidade por parte da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.
Durante sua visita a Santarém, Lula conheceu o Navio Hospital Escola Abaré, que leva serviços de saúde a populações ribeirinhas da Amazônia. Além disso, participou da inauguração da infovia, que leva internet banda larga a 11 municípios da região.
Um forte esquema de segurança foi montado para a visita de Lula, com ruas isoladas, presença da cavalaria da Polícia Militar e efetivo de investigadores em plantão.
Um incidente levou a reclamações de banhistas que foram retirados de uma praia do rio Tapajós para acomodar o presidente. A Marinha está investigando o caso.
Lula e sua comitiva passaram o fim de semana em Alter do Chão, onde se hospedaram em um hotel à beira do rio Tapajós. A agenda do presidente causou congestionamentos nas vias que ligam a periferia ao centro de Santarém.