Ao longo dos anos, diversas vozes se levantaram contra o voto feminino, alegando que isso causaria desordem na sociedade. Alguns afirmavam que as mulheres não tinham capacidade intelectual para votar, enquanto outros argumentavam que elas deveriam se manter apenas nos afazeres domésticos. No entanto, essas posições não intimidaram o movimento sufragista, que ganhou força com o passar do tempo.
Nomes como Leolinda Daltro, Carlota Pereira de Queiroz, Antonieta Barros e Bertha Lutz marcaram a história da luta feminina pelo direito ao voto no Brasil. Finalmente, em 1932, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram esse direito, tornando o Brasil um dos últimos países a reconhecer o voto feminino, 40 anos depois da Nova Zelândia.
Atualmente, as mulheres representam a maioria do eleitorado brasileiro, com 52% de pessoas aptas a votar. No entanto, apesar dos avanços conquistados ao longo dos anos, a participação política feminina ainda enfrenta desafios. Nas eleições de 2022, mais de 9 mil mulheres foram candidatas, a maioria para cargos de deputadas estaduais, refletindo o crescimento do interesse feminino na política.
Em resumo, a jornada rumo à igualdade de gênero na política ainda tem um longo caminho a percorrer, mas os esforços continuam a ser feitos para garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas e representadas nos espaços de poder. Por Tiago Vechi, jornalista.