Votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias é adiada para agosto devido à falta de tempo para analisar emendas parlamentares.

O senador Confúcio Moura, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), anunciou que a votação do projeto deve ser adiada para o mês de agosto. De acordo com o parlamentar, não há tempo hábil para avaliar as emendas e votar o projeto até o dia 17 de julho, data em que o Congresso entrará em recesso parlamentar.

Moura também fez críticas aos recessos informais, como as viagens e o esvaziamento do Legislativo durante as comemorações juninas. Ele ressaltou que a Comissão Mista de Orçamento (CMO), responsável por avaliar a LDO, não teve reuniões para discutir as emendas em menos de dez dias úteis.

Com o adiamento da votação da LDO, há a possibilidade de um recesso parlamentar não oficial, o que vai de encontro com o estabelecido pela Constituição Federal. A legislação determina que o recesso depende do envio da LDO para sanção até 17 de julho, porém o projeto deveria ter sido enviado ao Parlamento até 15 de abril. Dessa forma, pode ocorrer mais um recesso informal, chamado de “recesso branco”.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias é fundamental para estabelecer os prazos de execução das emendas parlamentares, as prioridades da administração pública e para definir regras sobre possíveis mudanças na legislação tributária e nas despesas do ano seguinte. É com base na LDO que o projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) é elaborado, e a proposta deve ser enviada pelo governo até 31 de agosto.

No ano passado, a votação da LDO também atrasou devido ao arcabouço fiscal, sendo aprovada somente em 12 de dezembro. Ao longo dos 35 anos de existência da LDO, o texto já atrasou por dez vezes, com o maior atraso ocorrendo em 2015, quando a votação aconteceu em janeiro do ano seguinte. O relator expressou sua insatisfação com os constantes atrasos, destacando a importância de aprovação do projeto antes da Lei Orçamentária do governo para garantir o interesse e a participação dos parlamentares.

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