Esses homens fazem parte de uma nova unidade chamada “Batalhão Siberiano”, composta por cerca de cinquenta russos que se juntaram ao Exército ucraniano. Um dos combatentes, conhecido como Grecha, explica que decidiu ir para a Ucrânia lutar contra o regime de Putin, contra a Rússia e contra o imperialismo.
A guerra na Ucrânia tem atraído voluntários estrangeiros de diversas partes do mundo. A maioria deles se juntou à Legião Internacional, da qual o Batalhão Siberiano faz parte. Os membros do grupo preferem não revelar suas identidades e usam seus rostos cobertos. O batalhão inclui russos que são opositores ferrenhos do governo de Moscou e membros de grupos étnicos minoritários da Sibéria.
É importante ressaltar que o Batalhão Siberiano não é a única unidade russa que está lutando ao lado da Ucrânia. Outras formações, como o Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade da Rússia, também têm ganhado destaque por breves incursões na fronteira russa.
Questionado sobre como os russos entram na Ucrânia, o porta-voz da Legião Internacional afirma que não há travessias ilegais, e sim meios perfeitamente legais. Ele explica que os recrutas estão sob contrato militar e não há prisioneiros de guerra.
Um dos combatentes, Grecha, nasceu na Crimeia, península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Ele viveu a maior parte de sua vida em Moscou, onde trabalhava como assistente médico. Grecha expressa seu desejo de libertar a Ucrânia, sua pátria natal, e critica o regime político atual da Rússia, que ele considera uma ditadura.
Outro combatente, autodenominado Chved, deixou a Rússia há mais de dez anos devido à perseguição política. Ele vive na Suécia desde 2011 e participou de ações antigovernamentais e anti-Putin. Chved acredita que a Ucrânia está do lado da liberdade do povo e afirma que é necessário derrotar a Rússia de Putin para promover uma mudança política tanto na Rússia quanto em Belarus, país aliado de Moscou.
Esses voluntários russos que se uniram ao Batalhão Siberiano estão dispostos a lutar pela Ucrânia e esperam que a vitória do país possa gerar mudanças significativas na geopolítica da região. Eles acreditam que a Ucrânia representa a liberdade e ressentem-se do regime político russo atual, que consideram opressivo.