Antes do desaparecimento, Letícia enviou vídeos e mensagens ao namorado, alertando sobre as condições climáticas adversas, mencionando neblina e baixa visibilidade, e expressando sua intenção de retornar. O último contato do piloto com a torre de controle foi em torno das 13h10, enquanto sobrevoava a cidade de Caraguatatuba.
As buscas pela aeronave mobilizaram um grupo de voluntários de São José dos Campos. Durante uma operação com o uso de drones, no sábado (06), eles conseguiram encontrar o ponto exato que a aeronave teria feito um pouso forçado no último domingo, antes de desaparecer. Cerca de sete pessoas participaram da ação, que foi acompanhada com exclusividade por uma equipe da Band Vale.
Uma área queimada no meio da vegetação, próximo a represa, em Paraibuna, foi o que despertou a atenção do grupo. Os voluntários fizeram a comparação com uma foto feita por uma das passageiras e enviada por ela durante a viagem por um aplicativo de mensagens. O queimado no gramado mostra que a aeronave teria quase tocado o solo durante o pouso forçado. Mas logo depois o piloto teria alçado voo novamente, quando desapareceu. A área encontrada foi informada à polícia, que foi até o local e segue com as investigações a partir da nova evidência.
Além dos drones, a equipe de voluntários também trabalha a pé pela mata e conta com os relatos de moradores da região. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), desde 1º de janeiro foram mais de 50 horas de voo com os helicópteros Águia 12, 24 e 33. Eles já sobrevoaram as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do Mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga. A Força Aérea Brasileira informou nesta terça-feira (09) que já foram realizadas cerca de 92 horas de voo.
As autoridades ainda seguem as investigações para localizar o paradeiro do helicóptero desaparecido e garantir toda a assistência às famílias das vítimas. A busca por respostas continua, num esforço conjunto entre voluntários, autoridades e forças de segurança.