Violência mata mais de 1.600 pessoas no primeiro trimestre em Haiti, com aumento de assassinatos e ataques contra autoridades e infraestrutura.

No primeiro trimestre de 2024, a violência continua assolando o país, com um total de 1.660 pessoas mortas e 845 feridas, de acordo com dados divulgados por um porta-voz da missão à AFP. Entre as vítimas, 1.347 eram homens, 273 mulheres e 40 crianças.

Comparando com o último trimestre de 2023, o número de assassinatos aumentou, passando de 1.104 para 1.660, indicando um cenário preocupante de violência urbana. Além disso, 845 pessoas ficaram feridas, sendo 624 homens, 179 mulheres e 42 crianças, mostrando que a violência não faz distinção de gênero ou idade.

O relatório também aponta que 141 pessoas foram mortas por grupos de “autodefesa” durante esse período, o que evidencia uma situação de conflito que se agrava a cada dia. Por outro lado, os sequestros para pedido de resgate diminuíram 37% em todo o país, com um total de 438 pessoas sequestradas, a maioria delas no departamento de Artibonite.

Desde o final de fevereiro, várias organizações criminosas se uniram para realizar ataques a delegacias de polícia, prisões, o aeroporto e o porto marítimo, numa tentativa de derrubar o então primeiro-ministro Ariel Henry. Sua renúncia em 11 de março não foi suficiente para acabar com a crise, e na semana passada foi criado um Conselho Presidencial de Transição, mostrando que a instabilidade política e social persiste no país.

Diante desse cenário caótico, o povo haitiano clama por segurança e estabilidade, esperando que medidas efetivas sejam tomadas para conter a violência e restabelecer a ordem no país. A situação é delicada e exige uma atuação urgente por parte das autoridades competentes para evitar que a crise se agrave ainda mais.

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