As forças israelenses justificaram o ataque, alegando que um dos homens mortos tinha contatos com postos de comando do Hamas no exterior e teria sido ferido enquanto tentava planejar um atentado com um carro-bomba. Além disso, segundo o exército hebreu, ele teria transferido armas e munições a terroristas para realizar ataques e planejado uma operação inspirada nos massacres de 7 de outubro. As autoridades israelenses afirmam que o militante palestino morto estava preparando um ataque a curto prazo e usava o hospital para se esconder, reforçando a acusação feita com frequência por Israel de que hospitais palestinos servem de esconderijo para ativistas antiocupação.
Os confrontos entre Israel e o Hamas têm aumentado, com promessas de retaliação e aniquilação de ambos os lados. Em retaliação ao ataque surpresa do Hamas em outubro, Israel prometeu “aniquilar” o movimento islâmico palestino no poder em Gaza desde 2007, desencadeando uma vasta operação militar que, segundo relatórios, já teria deixado mais de 26.000 mortos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
Além disso, o exército israelense continua intensificando os bombardeios na cidade de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, onde estariam refugiados os líderes locais do Hamas. A pressão é cada vez maior sobre os hospitais do enclave, que estão cercados por tropas e tanques.
Esses acontecimentos repercutem em um cenário de tensão crescente na região, gerando preocupações sobre os impactos humanitários e os desdobramentos futuros do conflito entre Israel e o Hamas.