Os números são alarmantes: entre 2018 e 2022, os homicídios quadruplicaram no país, evidenciando o agravamento da situação. Além disso, a polícia ressaltou que alguns corpos das vítimas foram trasladados por familiares dos assassinados sem respeitar as devidas diligências, acrescentando mais um elemento de caos e desordem à onda de violência que assola o Equador.
A situação é ainda mais preocupante devido aos confrontos entre quadrilhas criminosas e ao crescimento do narcotráfico que o país enfrenta. Os efeitos dessa situação se estendem até mesmo às prisões, onde cerca de 460 detentos morreram em massacres carcerários desde fevereiro de 2021.
As autoridades alegam que o narcotráfico se infiltrou nas instituições estatais e judiciais, como evidenciado no caso “Metástase”, no qual cerca de 30 juízes, promotores e policiais são investigados por vínculos com o narcotraficante Leandro Norero, morto na prisão em 2022. Tais eventos chamam a atenção para a fragilidade das estruturas estatais e a penetração do crime organizado em diversos níveis da sociedade equatoriana.
Além disso, o Equador tem enfrentado um aumento significativo no tráfico de drogas, com recordes de apreensões nos últimos anos. Em 2021, o país confiscou 210 toneladas de drogas, e em 2023, essa marca foi ultrapassada, com o confisco de 219,2 toneladas, a maioria composta por cocaína, conforme relatado pela imprensa local.
Diante desse cenário, o Equador luta para conter a onda de violência e coibir a ação do crime organizado, enfrentando desafios significativos em sua segurança pública e na integridade de suas instituições.