Além disso, foram registrados uma série de ataques recentes na capital, Porto Príncipe, e em outras regiões, destacando-se a gravidade e brutalidade da violência sexual contra mulheres e meninas, que atinge níveis sem precedentes no país. A representante da ONU enfatizou que os haitianos continuam sofrendo em diversas partes do país, enquanto as atividades das gangues criminosas se intensificam e se espalham para além da capital, gerando pânico e medo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, relatou em seu último documento que a polícia haitiana, apoiada pela Missão Multinacional de Assistência à Segurança (MMAS), tem realizado operações em larga escala contra as gangues em Porto Príncipe. No entanto, a falta de pessoal e recursos tem dificultado a manutenção do controle dessas áreas, o que tem contribuído para a continuidade da violência.
A MMAS, que teve seu mandato renovado recentemente por mais um ano, conta com aproximadamente 430 policiais e militares, a maioria proveniente do Quênia, com a expectativa da chegada de mais 600 profissionais em breve. A ONU demonstra uma preocupação específica com as crianças, que representam metade dos deslocados e são alvos frequentes das ações das gangues.
Diante desse cenário alarmante, torna-se evidente a urgência de medidas eficazes para garantir a segurança e proteção da população haitiana, bem como a implementação de ações humanitárias adequadas para minimizar o impacto da violência e garantir assistência às vítimas. A comunidade internacional e as autoridades locais precisam unir esforços para enfrentar esse desafio e buscar soluções para a crise de segurança no Haiti.