O Comando Operacional das Forças Armadas da Polônia informou que houve uma violação do espaço aéreo polonês às 4h23, horário local, por um dos mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia. O míssil sobrevoou a região agrícola de Oserdow, próximo à fronteira com a Ucrânia, permanecendo no espaço aéreo polonês por 39 segundos. Não ficou claro se a Rússia tinha a intenção de invadir o espaço aéreo polonês, já que mísseis de cruzeiro podem mudar sua trajetória para evitar sistemas de defesa aérea.
Entrevistado por um jornal local, Henryk Zdyb, chefe do vilarejo de Oserdow, relatou ter avistado o míssil e ouvido um som de assobio vindo dele. Ele descreveu o objeto como iluminado e voando baixo sobre a fronteira com a Ucrânia. O ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, afirmou em coletiva de imprensa que o míssil russo teria sido abatido se apresentasse ameaça à Polônia.
Kosiniak-Kamysz também revelou que caças F-16 da Polônia e da Otan foram acionados como parte da resposta estratégica à invasão do espaço aéreo polonês. O ministro ressaltou que o míssil invadiu o território polonês por uma breve distância, antes de seguir em direção à região de Lviv, no oeste da Ucrânia. O prefeito de Lviv, Andrii Sadovyi, confirmou que cerca de 20 mísseis e sete drones foram lançados sobre a região, mas a cidade não foi atingida pelos ataques.
Na esfera diplomática, o Ministério das Relações Exteriores da Polônia anunciou que exigirá explicações da Rússia sobre mais esta violação do espaço aéreo do país. O vice-ministro das Relações Exteriores, Andrzej Szejna, informou que o embaixador russo na Polônia será convocado para receber uma nota de protesto. A tensão entre os países envolvidos aumenta à medida que a guerra se intensifica e se aproxima cada vez mais da Europa Ocidental.
Dessa forma, a situação na região é de extrema preocupação, com a população local temendo o aumento da violência e das violações de soberania. A guerra na Ucrânia e os conflitos fronteiriços com a Rússia continuam a gerar repercussões significativas na política externa e na segurança dos países europeus envolvidos. A escalada dos ataques aéreos e a consequente mobilização militar ressaltam a gravidade da situação e a necessidade urgente de uma resolução pacífica para o conflito.
