Essa ação da Polícia Federal aconteceu quatro dias antes, como parte de uma investigação que apura uma suposta trama golpista liderada por Bolsonaro para se manter no poder, apesar da derrota eleitoral para Lula. O ex-presidente teria permanecido no prédio da embaixada do dia 12 ao dia 14 de fevereiro, de acordo com as imagens.
Um funcionário da Embaixada da Hungria confirmou que havia um plano para receber Bolsonaro na embaixada, o que gerou discussões sobre a imunidade diplomática do ex-presidente. Dentro da missão diplomática, Bolsonaro não poderia ser alvo de uma ordem de prisão, sendo um local protegido pelas convenções diplomáticas.
É importante ressaltar a relação próxima entre Bolsonaro e o líder da Hungria, Viktor Orbán, conhecido por sua postura de extrema-direita na Europa. A política conservadora adotada por Orbán tornou a Hungria referência para conservadores ao redor do mundo, porém, ao mesmo tempo, foi marcada por críticas relacionadas ao desmonte da democracia húngara.
Orbán, que governa o país desde 2010 com uma maioria de dois terços no Parlamento, foi acusado de minar a independência do Judiciário, controlar o mercado de mídia, restringir ONGs e universidades, além de aprovar leis discriminatórias contra minorias. Todo esse cenário desafia a imagem do líder húngaro como um exemplo de democracia e evidencia os conflitos políticos existentes nesse contexto.