Vida noturna em São Paulo: Baladas fora do horário clássico agitam a cidade

A noite paulistana está passando por uma transformação. Com a pandemia da Covid-19, que manteve as pessoas dentro de casa nos finais de semana por meses, e o envelhecimento da população, os hábitos noturnos da cidade de São Paulo estão mudando. Diversas festas estão sendo realizadas cada vez mais cedo, indicando uma preferência por horários mais amenos.

Um exemplo disso é a festa Deck, comandada pelo DJ Zé Pedro e Johnny Luxo, que já anuncia em seu flyer o horário de término, às 22h. Outra festa que segue a mesma tendência é o Desaniversário, que atrai aqueles com mais de 35 anos em busca de hits dos anos 1980 e 1990. O evento acontece na área externa de um restaurante próximo ao estádio do Pacaembu, com a pista de dança ao ar livre, proporcionando um ambiente nostálgico e agradável.

Além disso, o reinaugurado Paribar, agora chamado Gaspar, também tem reunido centenas de pessoas em festas de rua nos fins de semana, para beber cerveja e ouvir música eletrônica. Apesar de inicialmente ter uma proposta democrática ao ocupar o espaço público, o bar acabou adotando práticas menos inclusivas, afetando o clima do local.

No entanto, as baladas clássicas que começam tarde e terminam apenas de manhã seguem com fila na porta. O Madame Satã, por exemplo, atrai uma multidão vestida de preto em busca de uma noite animada ao som de The Smith, The Cure e Depeche Mode. Já a Versa, que se preocupa com a parte visual do evento, tem chamado a atenção dos frequentadores.

Além disso, São Paulo tem se tornado um destino importante para grandes festivais de música eletrônica, como o Dekmantel, Time Warp, DGTL e Tomorrowland, que voltou a acontecer no Brasil em 2023. No entanto, a edição foi marcada pelo lamaçal devido às fortes chuvas, o que resultou no cancelamento do segundo dia do evento.

Com tantas opções de balada, a vida noturna de São Paulo está se tornando mais diversificada, com festas voltadas para nichos específicos. Não há mais aquele clube de referência onde todos costumavam ir, indicando uma pluralidade de opções e públicos. Essa mudança reflete o amadurecimento da cidade e a busca por diferentes experiências noturnas.

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