Vereador apela ao Papa contra questionamento do MP sobre presença de bíblias em bibliotecas públicas de São José do Rio Preto.

Um vereador de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, decidiu apelar ao Papa após o Ministério Público questionar a presença de bíblias em bibliotecas municipais. A polêmica surgiu quando a Procuradoria-Geral do Estado pediu pela inconstitucionalidade das escrituras sagradas em repartições públicas, alegando que a presença do livro religioso iria contra a laicidade do Estado.

Segundo a Procuradoria, a legislação municipal que protege a presença das bíblias nas bibliotecas é considerada inconstitucional, uma vez que o Estado não deve criar preferência por determinada religião. Além disso, foi apresentada uma Ação de Inconstitucionalidade questionando a presença das bíblias em braile, aprovadas pela administração municipal em 2009.

O vereador responsável pelo apelo ao Papa, conhecido como Pauléra, protestou contra a decisão do Ministério Público e pediu o apoio das autoridades católicas. Vale ressaltar que em abril deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou inconstitucional a necessidade de uma frase de cunho religioso antes das sessões legislativas.

A decisão acatou a denúncia do Ministério Público, que alegou que a frase “sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos” poderia ferir a liberdade de consciência de ateus e agnósticos, bem como a liberdade religiosa dos crentes. Com isso, a polêmica envolvendo a presença das bíblias nas bibliotecas de São José do Rio Preto continua em aberto, aguardando uma decisão judicial definitiva sobre o caso.

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