De acordo com o relatório de 37 páginas divulgado pela Europol, os criminosos estão utilizando cada vez mais as ferramentas de IA para cometer uma série de delitos, que vão desde fraudes online até a produção de conteúdo explícito envolvendo menores de idade. A agência destacou que já há registros de casos de “material de abuso sexual infantil gerado e assistido por IA”, o que demonstra a gravidade e a sofisticação dos métodos utilizados pelos infratores.
A preocupação com o uso da inteligência artificial nesse contexto se deve ao fato de que as tecnologias estão se tornando mais acessíveis e fáceis de serem utilizadas, o que facilita a produção e disseminação de conteúdo ilegal. Além disso, as imagens falsas geradas por IA dificultam o trabalho das autoridades na identificação e resgate das vítimas reais, já que se torna mais difícil distinguir o que é real do que é manipulado digitalmente.
Diante desse cenário, a Europol ressalta a importância da cooperação internacional e do desenvolvimento de estratégias eficazes para combater a exploração infantil online, incluindo a capacitação de profissionais, o aprimoramento de tecnologias de identificação digital e o fortalecimento das leis e políticas de proteção às crianças. A luta contra a pornografia infantil online é um desafio complexo e requer um esforço conjunto de governos, empresas de tecnologia, organizações não governamentais e sociedade civil como um todo.
