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Uso de câmeras corporais pela polícia de SP gera debate sobre privacidade e fiscalização da segurança do cidadão

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, enfatizou a importância da preservação dos princípios constitucionais, como o respeito à privacidade, ao tratar da utilização das câmeras corporais pelos policiais. De acordo com ele, as normas internas da Polícia Militar estabelecem que as gravações devem ser feitas apenas durante atendimentos de ocorrências, operações ou em situações em que o policial é acionado pelo 190.

Além disso, Derrite explicou que as câmeras dos policiais poderão ser acionadas remotamente pelos supervisores na Central de Operações da polícia militar. Em casos de deslocamento de viaturas para o local de uma ocorrência, as câmeras passarão a armazenar automaticamente as imagens coletadas quando estiverem a uma distância pré-definida, a fim de auxiliar em investigações criminais.

No entanto, especialistas consultados destacaram que as diretrizes do governo federal sobre o uso das câmeras corporais pelas polícias não contemplam a gravação ininterrupta, o que seria essencial para garantir a transparência e a fiscalização da atuação policial. O secretário rebateu essas críticas, afirmando que as normas ainda não foram completamente divulgadas e que há situações específicas em que a câmera deve obrigatoriamente estar ligada, podendo ser acionada remotamente.

Derrite ressaltou a importância da tecnologia como ferramenta de supervisão e controle das ações policiais, garantindo tanto a proteção da população quanto a segurança dos próprios agentes. Com isso, o uso das câmeras corporais se torna não apenas uma medida de transparência, mas também de eficiência na atuação das forças de segurança pública.

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