União Europeia impõe sanções ao grupo russo Alrosa por envolvimento na guerra da Ucrânia, afetando o comércio bilionário de diamantes.

A União Europeia anunciou nesta quarta-feira (3) a imposição de sanções ao grupo russo Alrosa, gigante estatal dos diamantes, e ao seu diretor-geral, seguindo as sanções decididas em dezembro do ano passado aplicadas à Rússia devido à invasão da Ucrânia.

O bloco incluiu a Alrosa, o maior produtor mundial de diamantes, e o seu executivo-chefe, Pavel Marinichev, na lista de entidades e personalidades sujeitas a essas sanções, que essencialmente preveem o congelamento de bens e a proibição de entrada na UE.

Segundo o bloco, a Alrosa, que produz 90% dos diamantes russos, “é uma parte importante de um setor econômico que proporciona receitas substanciais ao governo” russo.

As sanções europeias relativas aos diamantes naturais e sintéticos e às joias entraram em vigor na última segunda-feira (1º). A aplicação da mesma penalidade a produtos da Alrosa lapidados em outros países entrarão em vigor em setembro. Este é o 12º pacote de sanções da UE desde a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

O governo de Moscou é acusado de financiar parte de sua guerra contra a Ucrânia por meio do lucrativo comércio de diamantes, que movimenta entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões por ano.

A Bélgica, país membro da UE, questionou as sanções, decididas pelos países do G7, e propôs soluções, incluindo um sistema de monitoramento para torná-las efetivas sem penalizar sua próspera indústria de diamantes em Antuérpia.

As sanções da União Europeia contra a Alrosa e seu diretor-geral representam mais um capítulo no embate entre o bloco e a Rússia em decorrência da crise na Ucrânia. As medidas, que incluem o congelamento de bens e a proibição de entrada na UE, buscam restringir o acesso da empresa russa ao mercado europeu, afetando diretamente a economia do país.

A Alrosa, responsável por 90% da produção de diamantes russos, é vital para a economia do país, o que torna as sanções da UE um duro golpe para o governo de Moscou. Com um comércio de diamantes que movimenta entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões por ano, a empresa é apontada como uma fonte de financiamento para a guerra russa contra a Ucrânia.

As sanções, que entram em vigor de forma imediata para os diamantes naturais e sintéticos e para as joias da Alrosa, impactarão o setor diamantífero russo e podem ter efeitos a longo prazo na economia do país. Além disso, a aplicação da penalidade a produtos lapidados em outros países entrará em vigor em setembro, o que ampliará os efeitos das restrições da UE sobre a Alrosa.

A decisão da União Europeia, no entanto, não é consensual entre os países membros, com a Bélgica, um dos principais polos de comércio de diamantes, questionando as sanções e propondo soluções para minimizar o impacto sobre sua indústria diamantífera em Antuérpia. Esta divergência entre os países membros da UE indica que as sanções impostas à Alrosa terão desdobramentos políticos e econômicos significativos dentro do bloco.

Em meio a uma crise geopolítica em que a guerra na Ucrânia é o principal ponto de atrito entre a UE e a Rússia, as sanções contra a Alrosa representam mais um episódio na escalada de tensões entre as partes. A decisão da UE indica que a crise na Ucrânia continuará a ter repercussões profundas no cenário internacional, afetando as relações políticas e econômicas entre os países envolvidos.

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