Segundo o líder do Hamas, a delegação do grupo suspendeu temporariamente a viagem para o Cairo após o Exército de Tel Aviv assumir o controle da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. No entanto, a delegação deve partir em breve para a capital egípcia, onde as negociações indiretas serão retomadas.
O líder do Hamas acusou o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, de ter tomado a decisão de deixar os reféns morrerem ao invadir Rafah. As negociações visam a libertação de 129 pessoas que ainda estão em cativeiro em Gaza, das quais 35 teriam falecido.
A ofensiva israelense em resposta a um ataque em outubro resultou em mais de 34.000 mortes em Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. A situação humanitária em Gaza é alarmante, com as principais passagens para entrada de mantimentos fechadas devido à ofensiva israelense.
A passagem de Rafah e Kerem Shalom, essenciais para o fornecimento de alimentos e combustível, estão fechadas, o que preocupa organizações de ajuda humanitária como a Ocha. O estoque de combustível em Gaza dura apenas um dia, e interromper a entrada de mantimentos poderia comprometer as operações humanitárias na região.
A situação é agravada pelo avanço das forças israelenses em direção a Rafah, colocando em risco a vida de milhares de civis. A comunidade internacional observa com preocupação a escalada do conflito e a crescente crise humanitária em Gaza, enquanto as negociações no Cairo buscam uma solução pacífica para a libertação dos reféns israelenses.