Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ucrânia aumenta pressão sobre sul da Rússia em meio a dinâmica inédita na guerra iniciada por Putin em 2022

A situação na Ucrânia e na Rússia atingiu um novo nível de tensão, com o aumento da pressão por parte do governo ucraniano sobre o sul do país vizinho. Após a invasão russa na semana anterior, o governador de uma região afetada decretou emergência regional e solicitou que o Kremlim faça o mesmo em nível federal, num claro sinal de antecipação de um ataque.

Os russos, por sua vez, avançaram significativamente no leste da Ucrânia, chegando a 15 km do centro ferroviário de Pokrovsk e se aproximando de Tchasiv Iar, em Donetsk. Esses movimentos sinalizam a intenção de dominar a região, que já é palco de conflitos desde 2014 entre Kiev e separatistas pró-Rússia.

A atividade militar intensa nesse cenário de guerra, que muitos consideravam estática, levanta questionamentos sobre os objetivos estratégicos do presidente Volodimir Zelenski ao invadir a Rússia, algo inédito desde a entrada dos nazistas na União Soviética em 1941.

Na terça-feira, Zelenski afirmou que suas forças prosseguem avançando, apesar do contra-ataque de Putin no dia anterior. A captura de soldados russos como prisioneiros e a evidência de operações em Sudja, importante centro de distribuição de gás russo para a Europa, demonstram a determinação de Kiev.

Os combates seguem intensos, com relatos de ataques a pontos estratégicos na Rússia por drones ucranianos. Os vídeos disponíveis na internet apontam para um possível alargamento das operações militares promovidas pela Ucrânia, o que aumenta a pressão sobre Putin.

A movimentação de tropas em território ucraniano e as ações em Sudja indicam que Zelenski pode estar planejando um ataque à cidade de Belgorodo, o que representaria um revés significativo para Putin. A emergência decretada nessa região intensifica as tensões e reflete a gravidade da situação.

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