Repórter São Paulo – SP – Brasil

Trump faz comentários polêmicos sobre uma possível perpetuação no poder e democratas reagem, mas campanha não responde aos questionamentos.

Em um evento organizado pelo grupo conservador Turning Point Action em West Palm Beach, Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas que levantaram questionamentos sobre suas intenções e visões para um eventual segundo mandato. Durante o evento, Trump instou os cristãos a saírem e votarem, prometendo que, caso ele seja reeleito, não precisariam mais votar nos anos seguintes.

“Meus cristãos lindos, saiam e votem, só desta vez. Vocês não terão que fazer mais isso. Mais quatro anos, quer saber, tudo estará resolvido, tudo ficará bem, vocês não terão mais que votar”, afirmou o presidente de maneira enfática. Além disso, Trump enfatizou seu amor pelos cristãos e expressou o desejo de consertar tudo tão bem que não haveria mais a necessidade de eles votarem novamente.

Essa declaração gerou controvérsia e críticas por parte dos democratas, que interpretaram as palavras de Trump como uma tentativa de minar o processo democrático. Em uma entrevista à Fox News em dezembro, Trump chegou a afirmar que, se eleito, seria um ditador apenas no “primeiro dia”, com o objetivo de implementar medidas como o fechamento da fronteira sul com o México e a expansão da perfuração de petróleo.

Os democratas rapidamente se pronunciaram sobre essas declarações, destacando a importância da democracia e ressaltando que o país é regido por uma Constituição que limita os mandatos presidenciais a dois. Trump, por sua vez, tentou minimizar seus comentários, alegando que se tratavam de uma piada.

Caso Trump seja reeleito, ele estaria limitado a mais quatro anos como presidente, uma vez que a Constituição dos Estados Unidos estabelece o limite de dois mandatos para o cargo. Em uma reunião da Associação Nacional do Rifle em maio, Trump chegou a brincar sobre a possibilidade de servir mais de dois mandatos, fazendo menção à Presidência de Franklin D. Roosevelt, o único presidente a cumprir mais de dois mandatos e que levou à implementação dessa restrição constitucional.

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