Trump ameaça não proteger aliados da Otan em caso de invasão russa devido a atrasos nos pagamentos de defesa

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou controvérsia ao afirmar que não protegeria os aliados da Otan de uma possível invasão da Rússia se os países atrasassem os pagamentos ou não cumprissem as metas de gastos em defesa. Os comentários foram feitos durante um comício de campanha na Carolina do Sul, onde Trump alertou os membros da Otan de que encorajaria a Rússia a fazer “o que diabos eles quisessem” se os integrantes da aliança não atingissem os números estabelecidos.

Essas declarações repercutiram negativamente, evidenciando o risco para o pacto militar do Atlântico Norte caso Trump ganhe um novo mandato na Casa Branca. O ex-presidente, que há muito tempo critica a Otan e tem relações próximas com o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a aliança “estava quebrada” até ele assumir a Presidência em 2017.

Os comentários de Trump foram rechaçados pelo governo do atual presidente, Joe Biden, que os descreveu como “chocantes e desequilibrados”. Um porta-voz da Casa Branca afirmou que “encorajar invasões de regimes assassinos” a países aliados de Washington coloca em perigo a economia e a segurança americana, além da estabilidade global.

Essas declarações de Trump evidenciam a possibilidade de que, caso eleito presidente novamente, ele poderá ameaçar o compromisso com a defesa mútua que está no cerne da aliança da Otan, num momento em que os temores em relação à Rússia aumentaram após a guerra contra a Ucrânia. Recentemente, o ex-presidente pressionou o Congresso americano para se opor à aprovação de novos pacotes de ajuda a Kiev.

Durante seu mandato, Trump foi um crítico ferrenho da Otan, ameaçando repetidamente sair da aliança, diminuindo o financiamento de defesa e reclamando que os EUA estavam pagando mais do que sua parcela justa. Além disso, ele pediu a desescalada na guerra da Rússia na Ucrânia e reclamou dos bilhões gastos até o momento.

Portanto, as declarações de Trump evidenciam a possibilidade de que, caso eleito para um novo mandato, a aliança da Otan corre o risco de ser enfraquecida, colocando em dúvida o compromisso com a defesa mútua e a segurança dos países membros.

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