A polêmica decisão foi tomada por um tribunal de Barcelona (Espanha) que, na última quarta-feira, autorizou a libertação provisória do ex-internacional brasileiro enquanto aguarda o julgamento de seu recurso. Para ser liberado, Daniel Alves precisou pagar uma fiança no valor de um milhão de euros, o equivalente a 5,4 milhões de reais.
A atitude do tribunal espanhol gerou indignação não apenas no Brasil, mas também em diversos outros países ao redor do mundo. Afinal, a violência contra a mulher é um tema extremamente sensível e a decisão de permitir a liberdade de um condenado por estupro, mediante pagamento de fiança, levantou questionamentos sobre a eficácia do sistema judicial espanhol e a proteção às vítimas de violência sexual.
O caso de Daniel Alves não é isolado e evidencia a necessidade de uma reflexão mais ampla sobre a forma como a justiça lida com crimes de gênero. A atuação do presidente Lula ao criticar publicamente essa decisão contribui para ampliar o debate sobre a importância de garantir a punição adequada aos agressores e a proteção das vítimas de estupro. A sociedade civil e as autoridades competentes devem unir esforços para combater a cultura do estupro e promover a igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade.