A ordem de captura, agora sob responsabilidade do Corpo de Investigações Científicas, Criminais e Criminalísticas, muda drasticamente o cenário político e elimina qualquer possibilidade de uma mediação entre as partes envolvidas. O documento que fundamenta a solicitação de prisão cita crimes de conspiração e sabotagem ao sistema, levantando críticas por parte da ONU em relação ao controle de todo o sistema judiciário pelo governo de Maduro.
Os Estados Unidos, que esperavam que a eleição na Venezuela pudesse representar uma forma de normalizar as relações com Caracas e amenizar as sanções impostas contra o regime, se viram surpreendidos pelo desenrolar dos acontecimentos. A situação é ainda mais delicada levando em consideração a guerra na Ucrânia e sua interferência nos fornecimentos de gás e petróleo da Rússia, país aliado de Maduro.
Diante desse quadro, o governo de Joe Biden não demonstrou interesse em ceder às pressões de Maduro, o que aumenta a tensão política na região. Países latino-americanos e europeus têm se manifestado contra a medida de prisão, com críticas vindas de governos como os do Chile, Argentina e outros. Até o momento, o governo brasileiro optou por manter silêncio e não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
A situação na Venezuela segue sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, que aguarda pelo desdobramento dos próximos eventos e suas consequências para o país e a região como um todo. A incerteza política e a tensão diplomática só aumentam a preocupação sobre o futuro do cenário político venezuelano.