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Tribunal de Nova York barra Robert F. Kennedy Jr. das cédulas de votação em decisão polêmica antes das eleições nos EUA

Um tribunal em Nova York decidiu nesta segunda-feira que Robert F. Kennedy Jr., candidato independente à Presidência dos Estados Unidos, não terá seu nome presente nas cédulas de votação do estado durante as próximas eleições. A determinação veio após uma denúncia feita por cidadãos com o apoio de um comitê político ligado ao Partido Democrata, alegando que Kennedy Jr. forneceu um endereço residencial falso ao se inscrever na disputa, já que ele vive na Califórnia há cerca de uma década.

O advogado de Kennedy Jr., William Savino, anunciou que irá recorrer da sentença, porém, a decisão também levanta outro problema para o candidato. De acordo com a Constituição americana, quando os candidatos à Presidência e à Vice-Presidência de uma chapa são inscritos no mesmo estado, eles não podem receber votos desse estado. Neste caso, a candidata a vice de Kennedy Jr., Nicole Shanahan, também informou residir na Califórnia.

Kennedy Jr., herdeiro de uma das famílias políticas mais proeminentes dos EUA, estava com uma média de 10% das intenções de voto nas pesquisas quando Joe Biden ainda era candidato à reeleição. No entanto, após a desistência de Biden e o apoio a Kamala Harris, a sua popularidade caiu pela metade, ficando em torno de 5%.

Diante do cenário acirrado das projeções eleitorais para novembro, o Partido Democrata tem buscado impedir que candidatos independentes tenham acesso às cédulas de votação, visando evitar a fragmentação dos votos. Em resposta, Kennedy Jr. afirmou em um comunicado que irá recorrer da decisão e garantir a sua presença nas eleições. A corrida presidencial nos EUA segue tumultuada, com diversas reviravoltas e desafios legais surgindo no caminho dos candidatos.

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