A declaração do ex-ministro causou repercussão e gerou debate sobre a história do regime militar no país. Toffoli, que ocupou a presidência do STF durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, foi indicado à Corte por Luiz Inácio Lula da Silva e se destacou pelo relacionamento cordial com Bolsonaro, que é conhecido por seu apoio ao torturador Brilhante Ustra.
A controvérsia causada pelas declarações de Toffoli ganhou ainda mais destaque em meio às investigações sobre a tentativa de golpe patrocinada por Bolsonaro e a corrosão da imagem das Forças Armadas. Esses acontecimentos impulsionaram Toffoli a revisitar sua posição sobre o regime militar e a Lei da Anistia.
Além disso, o ex-presidente do STF também foi alvo de críticas devido à sua tentativa de revisar o revisionismo histórico. A reabertura do debate sobre os crimes do período da ditadura militar, cobertos pela anistia, ganhou destaque e relevância, principalmente após as declarações do ministro Alexandre de Moraes, que afirmou que a Polícia Federal encontrou provas robustas de que investigados estavam envolvidos em um processo de planejamento e execução de um golpe de Estado.
A atitude de Toffoli em desencadear esse debate em um momento crucial da história política brasileira gerou controvérsia e questionamentos sobre sua postura e motivações. Com a intenção de se reaproximar de Lula, Toffoli parece ter se tornado protagonista de um debate muito mais amplo do que ele esperava. A reabertura da discussão sobre a Lei da Anistia tem implicações históricas e políticas e, portanto, merece ser conduzida por uma figura mais qualificada e coerente do que Dias Toffoli.