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TJ-SP determina devolução do passaporte de sócia de Renato Cariani, réu por desvio de produtos para tráfico, após colaboração nas investigações

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu nesta quinta-feira (25) pela devolução do passaporte da sócia do empresário Renato Cariani, réu acusado de desvios de produtos para o tráfico de drogas. A corte considerou que Roseli Dorth tem colaborado com as investigações, resultando na liberação de seu passaporte. Essa decisão vem após a Justiça já ter liberado o passaporte de Cariani na semana anterior, através de um pedido de habeas corpus.

O pedido da defesa de Roseli foi acatado pelo TJ-SP, considerando que a apreensão do passaporte havia representado um constrangimento ilegal. No entanto, a sócia de Cariani terá que comunicar a Justiça com pelo menos 15 dias de antecedência caso deseje viajar para o exterior. O desembargador Marcos Correa, da 6ª Câmara Criminal, argumentou que Roseli não demonstrou intenção de influenciar negativamente a investigação ou de evitar a aplicação da lei penal.

Cariani se tornou réu em fevereiro, após a 3ª Vara Criminal de Diadema aceitar a denúncia do Ministério Público de São Paulo, envolvendo um esquema de desvio de produtos químicos para a produção de drogas como cocaína e crack. Roseli é sócia do influenciador em uma empresa de produtos químicos, juntamente com a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda. e o suposto intermediário Fábio Spinola Mota, ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O advogado José Eduardo Cardozo, que representa Cariani, destacou que as decisões foram corretas, pois não havia elementos que justificassem a retenção dos passaportes. Cardozo também defendeu a inocência de Cariani, afirmando que a empresa em questão tem décadas de existência e opera de forma legal. O empresário se pronunciou anteriormente em vídeos no Instagram, mostrando tranquilidade diante das acusações.

A defesa de Cariani pretende produzir provas contundentes para demonstrar a inocência do empresário no suposto esquema de desvios de produtos químicos. Com todas as licenças necessárias para operar, a empresa de Cariani enfrenta um momento delicado diante das acusações de tráfico de drogas.

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