Títulos de renda fixa se recuperam após queda em outubro e indicam bons rendimentos para os próximos meses

O desempenho dos títulos de renda fixa referenciados ao IPCA e prefixados vem apresentando uma recuperação nos primeiros dias de novembro, revertendo os resultados negativos de outubro. Essa mudança de cenário não é exclusiva do mercado brasileiro, já que os títulos públicos federais americanos de 10 anos de vencimento também se recuperaram no período.

Essa valorização dos títulos de renda fixa ocorreu após o comunicado do presidente do FED, Jerome Powell, em que ele reconheceu a importância das condições financeiras mais restritivas, como os altos juros de longo prazo, o dólar mais forte e os preços mais baixos das ações, para as futuras decisões sobre as taxas de juros. Essa afirmação tranquilizou o mercado, indicando que o FED está ciente das quedas nos preços dos títulos de renda fixa e da Bolsa, e pode interromper o aumento dos juros de curto prazo.

Essa mudança de expectativa também foi impulsionada pelos dados econômicos americanos divulgados na sexta-feira, que indicaram uma desaceleração do crescimento. Essas notícias reforçaram a convicção de que os juros de curto prazo devem parar de subir, o que resultou em uma queda ainda maior nos juros de longo prazo.

No Brasil, o COPOM também confirmou a tendência de queda da Selic em sua última reunião, favorecendo a queda dos juros de longo prazo que haviam subido nos últimos meses. O comitê ressaltou a previsão de redução da Selic Meta até janeiro de 2024, o que contribuiu para uma maior confiança dos investidores.

Com essas notícias positivas tanto a nível nacional quanto internacional, os índices de títulos públicos federais referenciados ao IPCA com vencimentos menores e maiores que cinco anos, o IMAB-5 e IMAB-5+, se valorizaram nos primeiros dias de novembro. Apesar disso, ainda há um bom prêmio nas taxas de juros que deve ser recuperado nos próximos meses.

Esse movimento de valorização dos títulos de renda fixa mostra que o mercado estava pressionado por uma visão negativa e que precisava de poucos estímulos para se recuperar. Ainda assim, é importante destacar que há um atraso a ser recuperado em relação aos meses anteriores e à perda econômica causada pela redução da taxa Selic.

Em resumo, os investidores estão encontrando oportunidades favoráveis nos títulos de renda fixa referenciados ao IPCA e prefixados, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, impulsionados pelas expectativas de uma menor alta dos juros de curto prazo e pelos dados econômicos desfavoráveis. Ainda há espaço para a recuperação dos meses anteriores e, portanto, é esperado que os rendimentos continuem bons nos próximos meses.

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