O posicionamento mais liberal do jornal em relação à legalização das drogas é evidente desde 2014, quando o jornal defendeu a descriminalização da maconha em nível federal nos EUA, após intensas discussões internas. Segundo o NYT, a legalização nacional da maconha seria benéfica em diversos aspectos, incluindo saúde pública e impacto na sociedade.
Por sua vez, a The Economist defende há décadas a descriminalização das drogas, argumentando que a proibição gera mais danos do que benefícios, especialmente para os países mais pobres e as camadas mais vulneráveis da sociedade. A revista destacou o caso de Portugal, que descriminalizou a posse para uso pessoal em 2001, resultando em benefícios significativos, como a queda nas mortes por overdose e taxas de infecção de HIV.
No entanto, um recente artigo da The Economist aponta que o entusiasmo pelas políticas de flexibilização das drogas tem diminuído em alguns países europeus, incluindo Portugal e Holanda. A crise financeira e a pandemia têm impactado negativamente a situação, com áreas urbanas como Lisboa e Amsterdã enfrentando problemas relacionados ao consumo público de drogas.
Nos Estados Unidos, o presidente Biden aumentou os investimentos em 2021 no combate às drogas, priorizando medidas de tratamento e prevenção ao invés de focar apenas na aplicação da legislação. O Departamento do Trabalho também está pressionando por melhorias na cobertura do tratamento de dependência química pelos planos de saúde.
Apesar dos avanços e debates sobre a legalização das drogas, algumas leis, como a chamada Lei das Casas de Crack, ainda representam obstáculos à implementação de políticas mais progressistas. Essa legislação federal proíbe a existência de locais para uso controlado de substâncias ilícitas, algo que é permitido em países europeus. Portanto, o debate sobre a legalização das drogas continua em pauta, com diferentes perspectivas e desafios a serem enfrentados em nível internacional.